Obrigada a todos da Santa Casa de Andradina!

“Na Santa Casa de Andradina tudo é feito com muito amor! Isso me ajudou a suportar os dias que passei por lá” Cassia Ribeiro

“O medo me corroía mais do que a esperança me nutria. Me mantive forte. Sabia que eu e meu ex-companheiro precisávamos ser fortes. Mas doía demais saber que poderíamos estar no fim de nossas vidas. Pensei no ultimo abraço, no último sorriso. Eu gritava por dentro: Eu quero viver! Preciso viver”! Cassia Regina Ribeiro

Andradina:

Plantões dobrados, roupas especiais, atenção redobrada, incompreensão por parte daqueles que querem se curar logo, amor por aqueles que sabem que estão sendo bem tratados. São muitas emoções circulando a todo momento dentro da Santa Casa nessa época de pandemia. O mesmo enfermeiro (a), médico (a), funcionários (as) da limpeza, manutenção, guardas, que atendem hoje, podem ser os pacientes de amanhã. Essa possibilidade, também faz plantão, diariamente.

E, fora a prece elevada e apaziguadora, o sentimento que mais uni a todos, nessa hora, é o Amor.

A prova viva disso é a jornalista Cassia Regina Ribeiro, e outros (as) que viveram de perto, internadas (os) com COVID e se recuperaram, resolveram transformar suas experiências em um relato de fé para os que passam por isso. Além de uma mensagem de agradecimento a todos os funcionários da Santa Casa.

Um grito surdo… sozinha ela gritava para o (seu) mundo!

“Todos os dias, as 5:30 eu olhava pela janela que estava de frente minha cama e via que eu estava sozinha no quarto, aí eu olhava e via as pombinhas fazendo carinho umas nas outras e eu chorava por que eu não tinha perspectiva de um dia eu sair dali, então, aquilo para mim era difícil de suportar. Não sabia se iria viver, então eu chorava. Meu ex-companheiro estava perto de mim, mas (até um tempo) não podia vê-lo. ”

Os heróis e heroínas vestem branco, azul e verde.

 

“Eu não conseguia engolir comida direito, dai, a nutricionista, Regininha, com o maior carinho do mundo esperava para ver qual a fruta que nós conseguíamos engolir. Todos os dias a equipe da copa e cozinha me davam comidas diferentes até acertarem o que eu conseguia engolir. Tudo é feito com amor na Santa Casa”!

“Você volta a ser criança. A única saída é obedecer! Acreditar que aquelas pessoas sabem o que estão fazendo”.

“Quartos limpos, roupa de cama limpa! Isso me confortava …”

“Os funcionários da Santa Casa limpam, arrumam, sorriem para nós! Só Deus sabe a falta que faz um sorriso, mesmo de mascará, numa hora dessas.

“E eu me peguei me perguntando muitas vezes. E se eles pegarem também, quem iria limpar os quartos, fazer comida, tirar nossa febre …? ”

“Quando sai do meu quarto para ir para o dele (seu ex-companheiro, Regino Carlos Guimarães) ficamos juntos no mesmo quarto. Eu sempre falava: Regino vamos valorizar mais a vida, vamos cuidar mais de nós! E era assim que os dias se passavam dentro da Santa Casa”

“Agradeço, só tenho a agradecer! Obrigada Santa Casa de Andradina. Nasci de novo! Obrigada!”

 

Com essa matéria começamos uma série de matérias com pessoas que estiveram dentro da Santa Casa tratando de COVID. Relatos que por si, falarão sobre procedimentos, atendimentos e acolhimentos.

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